Sem federar com o PT, PSB focará em eleição de Lídice e de um segundo deputado federal

O socialistas baianos preveem que a não realização da federação do PSB com o PT tornará a reeleição da deputada federal e presidente estadual da sigla, Lídice da Mata, mais difícil. “Essa coisa do PSB não entrar na federação vai dar um trabalhão a Lídice”, disse uma fonte socialista que, mesmo neste cenário, acredita que a parlamentar terá bom desempenho.

Calculando que para conseguir uma cadeira na Câmara o partido precisará de pelo menos 120 mil votos, a sigla trabalha para atrair nomes dispostos a serem o segundo deputado no pleito de outubro. Em 2018, Lídice teve pouco mais que 104 mil votos, o que é considerado uma boa marca pessoal para se garantir novo mandato a partir de 2023. Com a saída de Marcelo Nilo, que foi para a base de ACM Neto (União Brasil), o PSB fica mais atraente a estes “segundos deputados”.

Procurado para repercutir as informações da fonte deste Política Livre, o vice-presidente do PSB na Bahia, Rodrigo Hita, disse que a sigla já trabalhava com a possibilidade de não haver a inclusão do PSB na federação com PT, PCdoB e PV.

Sobre a atração de nomes para disputar as eleições, ele disse: “estamos já com alguns nomes promissores em nossa campo que estão sem filiação partidária”. Hita confirmou que o PSB trabalhará para reeleger Lídice e conquistar uma segunda cadeira na Câmara dos Deputados.

Com Lula

O PSB ficou de fora da federação que deve ser firmada entre PT, PCdoB e PV, mas continua apoiando Lula. Os socialistas não conseguiram que os petistas aceitassem proposta para que fosse necessário quórum de 4/5 para aprovação de decisões da federação, bem com alteração da composição levando em conta o número de prefeitos eleitos, o que aumentaria em dois membros a participação do PSB e reduziria na mesma medida os membros do PT.

Quando havia perspectiva da federação, o PSB projetava a eleição de até três nomes para a Câmara Federal – o partido até ensaiou atrair o deputado federal Mário Negromonte Jr (PP), que, com o desenrolar, deve permanecer ao lado de João Leão, vice-governador e presidente estadual da sigla.

Se Lula for vencedor no pleito de outubro, o PSB baiano, com uma bancada com três federais, pleitearia uma vaga no ministério lulista; e o nome seria o de Lídice. Mas, sem a federação, o esforço maior será reeleger a presidente estadual da sigla.

Davi Lemos