Região Metropolitana de Salvador fechou fevereiro com inflação de 0,83%
- SC Noticias
- 13 de mar. de 2022
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É o maior índice para o mês desde 2016. A alimentação contribuiu para alavancar a perda de poder de compra

Por Lily Menezes
O baiano começou mais um ano com a certeza de que tudo está mais caro e tem feito mais malabarismos do que o normal para manter o orçamento em dia. A inflação alta tem contribuído muito para essa realidade: na Região Metropolitana de Salvador, o mês passado terminou com um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 0,83%, levemente abaixo da inflação nacional, que ficou em 1,01%. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE). No Brasil, a capital com mais pressão no custo de vida foi São Luís (MA), com um IPCA de 1,33%.
A RMS ficou com o terceiro índice mais baixo do país, atrás apenas de Porto Alegre (RS), com 0,53%, e Fortaleza (CE), cuja inflação foi de 0,77% em fevereiro. Mesmo assim, o impulso mensal nas despesas que compõem o orçamento familiar é o mais alto desde fevereiro de 2016. De acordo com o gerente da pesquisa do IBGE Pedro Kislanov, o IPCA desse período acaba sendo mais alto por agregar os reajustes que acabam acontecendo no começo do ano letivo escolar, como mensalidades e anuidades das escolas e materiais escolares. A educação, inclusive, foi o item que mais impactou o orçamento na Bahia, com uma pressão de 5,71% no mês passado.
Contudo, a alimentação permanece como o grupo de despesas que mais tirao sono das famílias. Embora no mês o avanço tenha sido de 1,54%, colocar comida nas mesas soteropolitanas representa 22,4% do IPCA, seguido dos transportes (19,89%). “Tanto a alimentação no domicílio (1,63%) quanto a alimentação fora de casa (1,27%) tiveram aumentos relevantes”, diz o IBGE. Como publicado nesta quarta-feira (09) na Tribuna, a cesta básica na RMS teve crescimento de 2,74% no começo do ano, e verduras, carnes e grãos contribuíram para o encarecimento desta despesa: só a cenoura subiu 49,98% no mês passado, seguida pela batata inglesa (+28,6%) e o repolho (+20,4%).
Na outra ponta, a moradia foi o único setor que reduziu a pressão em fevereiro, com recuo de 0,83%. Contudo, manter a casa continua caro. Ainda segundo o instituto de estatística, ao mesmo tempo em que a energia elétrica teve redução de 5,15%, itens essenciais para a sobrevivência, como o gás de cozinha (3,69%) e o condomínio (2,68%) tiveram altas significativas no intervalo de um mês, pressionando ainda mais o custo de vida.










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