Mesmo com mais leitos, ocupação segue em alta
- SC Noticias
- 18 de jul. de 2022
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Pelo terceiro dia consecutivo, Salvador teve ocupação de UTIs Covid em torno de 70%

Por Lily Menezes
A quarta onda de casos e hospitalizações pela Covid-19 é uma realidade na Bahia. Apesar de a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) ter voltado a mobilizar 114 leitos exclusivos para tratar a doença, sendo 30 deles de UTI, o Estado começa a semana com taxas de ocupação altas em todos os indicativos. São 145 adultos lutando contra a vida numa Unidade de Tratamento Intensivo (67% de taxa), e 152 se tratando da Covid em uma enfermaria (54%). Já na ala pediátrica, as ocupações são de 75% nas enfermarias, com 15 crianças internadas, e de 55% nos leitos de UTI (11 camas ocupadas). Neste momento, 536 leitos estão ativos em todo o Estado. Com as 60 vagas reativadas que serão entregues hoje pela Sesab em Salvador, Valença e Camacan, a rede de atendimento sobe para 596 leitos.
Na capital baiana, apenas o Hospital Espanhol funciona como unidade de referência para os adultos, com 84 pacientes em leitos clínicos e 70 na ala de UTI. É o terceiro dia consecutivo em que Salvador apresentou uma ocupação de 70% ou mais, e os números seguem nessa tendência desde o dia 07 de julho. Já quando se trata de leitos pediátricos exclusivos para tratar da Covid, o Instituto Couto Maia se tornou o único centro de referência. Com a saída do Hospital Martagão Gesteira da lista de hospitais, agora os pequenos dispõem de 35 leitos, sendo 20 clínicos e 15 de UTI. Neste público, as taxas são de 73% e 75% de ocupação no município. Vale dizer que como a proporção de leitos pediátricos sempre foi menor em relação às vagas para adultos, Salvador atingiu em várias ocasiões a lotação máxima.
Pela Bahia, os municípios de Ilhéus, Jequié, Vitória da Conquista e Itaberaba seguiram com taxas de ocupação de 80% ou mais neste fim de semana.A Sesab disse à reportagem que está atenta diuturnamente aos indicadores da Covid-19 em toda a Bahia, sobretudo à taxa de ocupação dos leitos de UTI adultos e pediátricos (que, inclusive, foi usadapara nortear as flexibilizações feitas até agora), e sempre avalia a necessidade de reativação ou mobilização de novas vagas nos municípios que apresentarem indicadores mais altos. Ainda de acordo com a Saúde estadual, cada gestor tem autonomia para determinar a mobilização de outras unidades para o tratamento da Covid, assim como baixar decretos municipais de proteção à vida, como a volta da obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados, como centros de saúde e transporte público.
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