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Haddad cancela viagem à Europa e ficará em Brasília pra tratar 'temas domésticos'

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    SC Noticias
  • 4 de nov. de 2024
  • 2 min de leitura

A viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Europa, prevista para hoje, foi cancelada a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva


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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil



Por Maria Regina Silva e Fernanda Trisotto 


A viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Europa, prevista para hoje, foi cancelada a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo comunicado do ministério divulgado ontem. Segundo a nota, o ministro “estará em Brasília ao longo da próxima semana, dedicado aos temas domésticos”.


Pela previsão anterior, Haddad ficaria fora do País entre a segunda-feira e o sábado, 9. A programação da viagem não havia sido anunciada. “A agenda em questão será retomada oportunamente”, diz a nota do ministério.


A viagem para a Europa afastaria o ministro do País numa semana crucial para o governo, que é cobrado a apresentar o pacote de medidas de revisão de gastos. Prometido para “depois das eleições municipais”, o ajuste nas despesas elevou as expectativas do mercado em relação ao potencial das medidas. Enquanto há uma pressão por essa divulgação, o governo age em seu próprio ritmo, o que evidencia a diferença entre o tempo do mercado e da política.


Na semana passada, a turbulência ficou evidente principalmente na cotação do dólar, que disparou. Na sexta-feira, a moeda americana fechou cotada a R$ 5,8694, o segundo maior nível nominal da história, perdendo apenas para o fechamento de 13 de maio de 2020 (R$ 5,9008).


Integrantes da equipe econômica reconhecem que o momento é delicado, mas têm seguido a orientação de Haddad de evitar vazamentos e antecipações sobre medidas fiscais. A abordagem ao estilo do que aconteceu nas semanas que antecederam o arcabouço fiscal deixa o mercado mais nervoso, mas a avaliação dentro do governo é de que operadores ficarão assim com ou sem notícias da Fazenda.


Governo estuda pacote de gastos enquanto enfrenta impasses técnicos e políticos

A equipe econômica estuda um pacote de revisão dos gastos, mas ainda não há um plano final nem decisão de Lula sobre que despesas serão cortadas no Orçamento. Enquanto isso, as propostas que circulam nos bastidores já enfrentam questionamentos técnicos e políticos. Por um lado, há dúvidas de como as despesas vão se encaixar nas contas. Por outro, há resistência no PT sobre redução em políticas sociais.


O governo avalia impor um limite de aumento real de 2,5% por ano para as principais despesas do Orçamento, colocando o mesmo limite do teto do arcabouço fiscal. Uma proposta nesse sentido foi incluída em dois projetos de lei do Congresso para as emendas parlamentares. O governo também estuda estabelecer o mesmo limite para os pisos de saúde e educação e outras gastos obrigatórios.


No caso da Previdência Social, por exemplo, um limite de 2,5% no crescimento das despesas seguiria pressionado pela vinculação dos pagamentos ao salário mínimo e pelo aumento na concessão de aposentadorias e benefícios assistenciais, com o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O governo ainda não apresentou um fórmula que resolva o impasse, embora reconheça que o arcabouço não para em pé sem mudanças das regras atuais.


Fonte: Agência estado



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