Genial/Quaest: Eleitores desaprovam conflito com STF e Bolsonaro estaciona
- SC Noticias
- 12 de mai. de 2022
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Os embates do presidente Jair Bolsonaro com o Supremo e com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) interromperam a tendência de crescimento da sua candidatura, segundo a pesquisa.

Por Rosana Hessel
O presidente Jair Bolsonaro (PL) está colhendo os frutos de tentar minar a democracia. As recentes investidas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) desagradaram o eleitorado e fizeram a preferência pelo chefe do Executivo ficar estagnada, conforme dados da 11ª edição da Pesquisa Genial/Quaest, divulgada ontem.
Os embates do presidente Jair Bolsonaro com o Supremo e com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) interromperam a tendência de crescimento da sua candidatura, segundo a pesquisa. A maioria dos eleitores (45%) reprova o indulto presidencial concedido ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado por ameaças aos ministros do STF.
O levantamento mostra também que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a liderança na preferência do eleitorado, com 46% a 51% das intenções de voto na pesquisa estimulada para o primeiro turno, dependendo do cenário. Enquanto isso, Bolsonaro fica com 29% e parou de subir depois de três meses registrando aumento.
“O enfrentamento institucional fez mal ao Bolsonaro, porque desagradou o eleitor da terceira via, que é quem estava voltando para o Bolsonaro”, ressaltou Felipe Nunes, coordenador da pesquisa e CEO da Quaest, que, desde julho de 2021 tem feito o levantamento encomendado pela Genial Investimentos. “A pesquisa tem dois elementos importantes. Bolsonaro para de crescer e Lula continua estável”, frisou.
Na avaliação de Nunes, “a graça presidencial ao deputado engajou os setores radicais da campanha, mas afastou o eleitor moderado que vinha se aproximando do presidente”. Segundo ele, 54% dos eleitores que não querem nem Bolsonaro nem Lula reprovam a ação do presidente, contra 17% que aprovam. Ele lembrou ainda que a confiança dos eleitores nas urnas eletrônicas aumentou, apesar dos ataques de Bolsonaro.
Fonte: Correio Brasiliense










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