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Boca seca, inflamação e lesões na língua estão entre as sequelas da covid-19

  • Foto do escritor: SC Noticias
    SC Noticias
  • 15 de ago. de 2022
  • 2 min de leitura

Pesquisadores da Universidade de Brasília investigam essas complicações e se surpreendem com relatos de problemas de mastigação a paralisia repentina do rosto



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Por Paloma Oliveto


Fadiga, dor muscular e problemas de memória são sintomas bem documentados da pós-covid. Agora, pesquisas começam a apontar que a síndrome, que chega a afetar mais de 50% dos pacientes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), também tem manifestações na cavidade oral. Sensação de boca seca, inflamação e lesões na língua e na mucosa, entre outros, foram alguns sinais detectados na fase pós-infecção e que podem aumentar a lista das sequelas associadas ao Sars-CoV-2.


Para compreender melhor o cenário, um grupo multicêntrico liderado por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) está avaliando cerca de 300 artigos, selecionados entre mais de 1,7 mil publicações, que apresentam evidências dos sintomas odontológicos pós-covid. Trata-se da mesma equipe de cientistas que publicou, anteriormente, duas revisões de artigos sobre as manifestações orofaciais durante a infecção, como alterações no paladar e lesões semelhantes a herpes e aftas.


"Agora, nosso foco é a covid longa, em um cenário pós-vacina. São realidades completamente diferentes", define Eliete Neves da Silva Guerra, professora titular do Departamento de Odontologia da Faculdade de Saúde da Universidade de Brasília (UnB) e uma das líderes do projeto. O resultado do estudo será publicado, ainda neste ano, na revista Journal of Dental Research.


A pesquisadora conta que esperava relatos de xerostomia (boca seca) e disfunções gustativas, mas se surpreendeu ao encontrar, também, ocorrências de paralisia de Bell — enfraquecimento muscular repentino de um dos lados da face — e de líquen plano oral, uma inflamação no interior da boca que provoca manchas brancas e vermelhas que podem ser dolorosas. No segundo caso, é possível atribuir o sintoma às alterações do sistema imunológico na pós-covid, quando o organismo continua produzindo células de defesa contra o vírus mesmo quando ele não está mais presente, explica Eliete Neves da Silva Guerra. Isso desencadeia a reação autoimune, caracterizada pelo processo inflamatório.


Fonte: Correio Braziliense

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